Quando percebemos que nosso filho ou aluno apresenta um atraso no aprendizado da leitura, da escrita, de compreensão de texto ou na matemática, podemos utilizar termos como dificuldade de aprendizagem, transtorno de aprendizagem ou prejuízo acadêmico. Tais termos são possíveis, mas existe uma diferença entre eles e que é importante ser diferenciada pois influencia o diagnóstico e a intervenção.
Dificuldade de aprendizagem é o termo utilizado para as dificuldades nos processos de leitura, escrita e aritmética causados por fatores que podem ser de origem cultural, como desvalorização do estudo, cognitiva, como acesso limitado ao currículo, ou até mesmo emocional, quando o aluno vivencia um momento difícil na área emocional que dificulta a plena utilização dos recursos cognitivos para a aprendizagem.
Já o transtorno de aprendizagem se refere a um grupo de dificuldades pontuais e específicas, caracterizadas pela presença de uma disfunção neurológica. Estudantes com transtornos de aprendizagem possuem problemas mais persistentes e necessitam de um suporte curricular mais intenso. A dislexia ou transtorno de aprendizagem da leitura envolve um problema persistente de leitura, e a discalculia ou transtorno de aprendizagem da matemática envolve um problema persistente na matemática, e pode incluir dificuldades no senso numérico, memorização de fatos, precisão ou fluência do cálculo ou dificuldade na precisão do raciocínio matemático. Tanto na dificuldade de aprendizagem como no transtorno de aprendizagem a inteligência deve estar preservada, e assim outros quadros podem ser descartados.
É durante a avaliação neuropsicológica que os instrumentos de avaliação adequados são aplicados para a devida diferenciação entre dificuldade e transtorno, o que permitirá a orientação mais adequada do processo de intervenção. A avaliação do quociente intelectual é fundamental, assim como várias outras habilidades descritas na literatura como possíveis déficits que explicam a causa das dificuldades. A avaliação pode ser realizada a partir da educação infantil, quando já é possível identificar dificuldade na memória de letras e números, ou durante toda vida escolar, o que é mais comum e desejável, e até mesmo em adultos que não tiveram a oportunidade de realizar uma avaliação na sua vida escolar. Após a avaliação neuropsicológica, o médico deve ser consultado para a definição do diagnóstico. Já os fonoaudiólogos e psicopedagogos são fundamentais no tratamento ou intervenção.
Luciana Freitas - Neuropsicóloga
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