Tecnologia
Outro ponto destacado pela pediatra que, segundo ela, também deve ser motivo de atenção por parte dos pais ou responsáveis, é a exposição em excesso à tecnologia, assunto que tem preocupado os especialistas da área. A presença marcante desse tipo de entretenimento no mundo atual faz com que bebês e crianças usufruam cada vez mais cedo de smartphones e tablets. Mas, segundo a Academia Americana de Pediatria (APA), nesse período da vida, o cérebro está em pleno processo de desenvolvimento, o que requer outros tipos de contatos, com incentivos variados e ativos, que os eletrônicos não propiciam. Sendo assim, a academia orienta que até os 18 meses não haja exposição à TV, ao computador, ao celular ou tablet. A recomendação dos 2 aos 5 anos de idade é de uso limitado a uma hora por dia, com a ressalva de programação de qualidade apropriada à idade, além de que as telas sejam evitadas depois das 18 horas. “O excesso de ‘tela’ pode levar ao vício, com sintomas de abstinência semelhantes ao vício químico”, afirma Ana Márcia.
Em consonância com a APA, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) produziu o manual de orientação sobre “Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital”, em que chama atenção dos pediatra sobre ser de “fundamental importância o bom senso e o repasse de informação adequada para as famílias, crianças e adolescentes sobre este assunto”. A cartilha ainda alerta para outro perigo e indica que crianças menores de 6 anos precisam ser mais protegidas da violência virtual, pois não conseguem separar a fantasia da realidade. Outra recomendação é equilibrar as horas de jogos online com atividades esportivas, brincadeiras e exercícios ao ar livre. Ana Márcia chama atenção para o papel da família nesse momento. “Os pais devem ser criativos e proporcionar momentos para distrair as crianças fora de casa, como levar crianças para locais abertos, clubes, parques, campos de futebol, leitura, atividades lúdicas como pintura, cinema; sem deixar de supervisionar”, alerta.
Cuidados essenciais
A SBP ainda reforça que crianças possuem necessidades especiais, próprias para sua idade, que devem ser respeitadas, como maior vulnerabilidade para desidratação e ao enjoo de movimento do automóvel. A instituição também elucida alguns cuidados preventivos com crianças em viagens de férias, como evitar horários de trânsito e calor ao pegar a estrada; preparar sob orientação médica kit medicação (anti térmico, anti alérgico, anti emético, repelente, protetor solar e curativos adesivados). Ainda, recomenda-se evitar o sol entre as 10h e 16h e sempre aplicar protetor solar meia hora antes da exposição solar; oferecer regularmente água, sucos, chás e água de coco e, por fim, ficar atento aos insetos da região.