Quando os pais observam que a criança não está desenvolvendo plenamente suas habilidades de comunicação e recorrem a fonoaudiologia para intervenção, uma das primeiras dicas que recomendo é evitar falar no diminutivo com a criança. É comum que os adultos ao conversarem com crianças utilizem o diminutivo de forma a tornar sua fala mais carinhosa, dizendo, por exemplo, vamos lavar a “mãozinha”, calce o “chinelinho”, cadê o “narizinho”?. O recomendável é que ao conversar com uma criança que está aprendendo a falar os adultos evitem utilizar o diminutivo, pois, aumenta o tamanho das palavras e faz com que uma palavra simples que poderia ser reproduzida pela criança, por conter poucas sílabas, é dificultada de acordo com o modelo de fala do adulto. Por exemplo, a palavra “pé” tem apenas uma sílaba e talvez poderia ser facilmente pronunciada pela criança, entretanto, quando colocamos no diminutivo se torna “pezinho” que é uma palavra de três sílabas. O que ocorre é que estamos dando um modelo mais complexo para uma criança que está aprendendo agora, dificultando algo que poderia ser mais simples. Recomenda-se evitar “apelidar” os objetos e utensílios da criança com nomes que não existem, por exemplo, chamando chupeta de “bubu”, falar errado com a criança (mamadeira=dedeira), todos esse comportamentos reforçam modelos errados de fala. E acredite, sua voz, sua fala e seus comportamentos são o referencial para o desenvolvimento da sua criança.
Adriana Duarte - Fonoaudióloga
Na cultura de diversos países e do Brasil é considerado comum algumas famílias ultilizarem as punições físicas na educação dos filhos. A pergunta que fica na cabeça de muitos pais é: “as punições físicas ensinam meu filho a se comportar melhor?”
B. F. Skinner foi um psicólogo, mundialmente conhecido por seus estudos e experimentos acerca do comportamento animal é humano. Para Skinner todo indivíduo que for retribuído por seu comportamento tem grandes chances de repetir esse mesmo comportamento. Porém indivíduos que tiverem seu comportamento punido, tem menos chances de repetir aquele comportamento.
A grande controvérsia acerca do uso da punição é que punir um comportamento resulta em efeitos colaterais, mesmo que ela apresente efeitos imediatos. Tais efeitos colaterais são:
1. Surgimento de respostas emocionais por ambos os indivíduos, o punido e aquele que pune. No indivíduo que recebe a punição podem surgir respostas de choro, taquicardia, tremores, etc. enquanto que no indivíduo que está punindo surgem respostas emocionais de culpa e pena, fazendo muitas vezes com que ele ceda ao indivíduo que recebeu a punição.
2. A criança aprende a mentir para fugir do castigo ou da punição física.
3. As punições não induzem a pensamentos de autoavaliação. Pelo contrário, o indivíduo que foi punido tende a pensar sobre como foi injustiçado e em formas de se vingar (lembra quando você pensava em fugir de casa?).
4. A criança punida emite comportamentos incompatíveis ao comportamento punido. A criança percebe que aquele comportamento punido não foi o adequado, mas não sabe o que deveria fazer. Afinal, muitas vezes não ensinamos a forma correta de se comportar.
5. A longo prazo não observamos a eficácia das punições. Punir o comportamento faz com que ele se encerre momentaneamente, pois punir sem ensinar a forma adequada de se comportar não promove autodisciplina (autorreflexão).
6. Quando punimos fisicamente, ensinamos que amor e violência caminham juntos. As crianças aprendem que quem ama também é agressivo, generalizando o comportamento agressivo para crianças menores.
Você que está lendo, ainda concorda com as punições físicas?
Gabrielle de Aguiar Pinto
Psicóloga
Especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) – em curso
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