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Notícias

Quando os pais observam que a criança não está desenvolvendo plenamente suas habilidades de comunicação e recorrem a fonoaudiologia para intervenção, uma das primeiras dicas que recomendo é evitar falar no diminutivo com a criança. É comum que os adultos ao conversarem com crianças utilizem o diminutivo de forma a tornar sua fala mais carinhosa, dizendo, por exemplo, vamos lavar a “mãozinha”, calce o “chinelinho”, cadê o “narizinho”?. O recomendável é que ao conversar com uma criança que está aprendendo a falar os adultos evitem utilizar o diminutivo, pois, aumenta o tamanho das palavras e faz com que uma palavra simples que poderia ser reproduzida pela criança, por conter poucas sílabas, é dificultada de acordo com o modelo de fala do adulto. Por exemplo, a palavra “pé” tem apenas uma sílaba e talvez poderia ser facilmente pronunciada pela criança, entretanto, quando colocamos no diminutivo se torna “pezinho” que é uma palavra de três sílabas. O que ocorre é que estamos dando um modelo mais complexo para uma criança que está aprendendo agora, dificultando algo que poderia ser mais simples. Recomenda-se evitar “apelidar” os objetos e utensílios da criança com nomes que não existem, por exemplo, chamando chupeta de “bubu”, falar errado com a criança (mamadeira=dedeira), todos esse comportamentos reforçam modelos errados de fala. E acredite, sua voz, sua fala e seus comportamentos são o referencial para o desenvolvimento da sua criança.

Adriana Duarte - Fonoaudióloga

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Quarta, 06 Maio 2020 17:43

Devo bater no meu filho?

Na cultura de diversos países e do Brasil é considerado comum algumas famílias ultilizarem as punições físicas na educação dos filhos. A pergunta que fica na cabeça de muitos pais é: “as punições físicas ensinam meu filho a se comportar melhor?”

B. F. Skinner foi um psicólogo, mundialmente conhecido por seus estudos e experimentos acerca do comportamento animal é humano. Para Skinner todo indivíduo que for retribuído por seu comportamento tem grandes chances de repetir esse mesmo comportamento. Porém indivíduos que tiverem seu comportamento punido, tem menos chances de repetir aquele comportamento.

A grande controvérsia acerca do uso da punição é que punir um comportamento resulta em efeitos colaterais, mesmo que ela apresente efeitos imediatos. Tais efeitos colaterais são:

1. Surgimento de respostas emocionais por ambos os indivíduos, o punido e aquele que pune. No indivíduo que recebe a punição podem surgir respostas de choro, taquicardia, tremores, etc. enquanto que no indivíduo que está punindo surgem respostas emocionais de culpa e pena, fazendo muitas vezes com que ele ceda ao indivíduo que recebeu a punição.

2. A criança aprende a mentir para fugir do castigo ou da punição física.

3. As punições não induzem a pensamentos de autoavaliação. Pelo contrário, o indivíduo que foi punido tende a pensar sobre como foi injustiçado e em formas de se vingar (lembra quando você pensava em fugir de casa?).

4. A criança punida emite comportamentos incompatíveis ao comportamento punido. A criança percebe que aquele comportamento punido não foi o adequado, mas não sabe o que deveria fazer. Afinal, muitas vezes não ensinamos a forma correta de se comportar.

5. A longo prazo não observamos a eficácia das punições. Punir o comportamento faz com que ele se encerre momentaneamente, pois punir sem ensinar a forma adequada de se comportar não promove autodisciplina (autorreflexão).

6. Quando punimos fisicamente, ensinamos que amor e violência caminham juntos. As crianças aprendem que quem ama também é agressivo, generalizando o comportamento agressivo para crianças menores.

Você que está lendo, ainda concorda com as punições físicas?

 

Gabrielle de Aguiar Pinto

Psicóloga

Especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) – em curso

Certificação no Modelo Denver de Intervenção Precoce

 
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Crianças de maneira geral precisam de uma programação para compreender o que é esperado delas durante o dia, uma criança com autismo precisa ainda mais deste suporte, pois uma das características do transtorno é a rigidez do pensamento e a inflexibilidade cognitiva. Tais características acabam por dificultar que as crianças se adéqüem a pequenas alterações ou novidades na rotina.
 
O mundo para indivíduos com TEA pode parecer confuso e imprevisível, fazendo com que muitos tenham hábitos e rituais que impactam no aprendizado. Apenas dizer a criança o que deve ser realizado, muitas vezes não é o suficiente para que elas compreendam o que vai acontecer.
 
A rotina visual é uma estratégia de ensino eficaz para alcançar objetivos. Através dela conseguimos dar previsibilidade para a criança, fazendo com que ela compreenda o que está por vir no dia. Com a previsibilidade, é possível a diminuição da ansiedade frente a eventos futuros, auxiliamos a compreensão da criança no que se refere à passagem do tempo, os combinados se tornam mais eficientes, pois facilita que ela compreenda que não é hora de fazer determinada atividade, promove melhora da comunicação, ajudando a criança a dizer o que não quer realizar da rotina no dia.
Outro beneficio da rotina para crianças com TEA, é a diminuição de comportamentos inapropriados. Com um cronograma diário das atividades do dia, é possível reduzir a intensidade e freqüência de comportamentos inadequados facilitando o manejo quando estes aparecerem.
 
O estabelecimento de uma rotina diária também proporciona trabalhar a organização e planejamento, sendo esta habilidade chamada de funções executivas, muitas vezes afetadas em indivíduos com TEA. O treino desta habilidade aumenta a capacidade das crianças de iniciar e concluir etapas de uma atividade.
 
Dessa forma, a confecção e execução de uma rotina visual para crianças com TEA possibilitam que elas façam previsões sobre determinado evento atendendo as expectativas do ambiente. A rotina permite tornar o mundo menos confuso e mais previsível, aumentando a aprendizagem das crianças.
 
Daiyene Queiroga/Psicóloga
- Graduada em Psicologia pela Faculdade Pitágoras
- Pós-graduanda em Intervenção Precoce no Autismo
- Certificação no Modelo Denver de Intervenção Precoce
- Curso Estratégias de Ensino Naturalistas baseadas no Modelo Denver
- Curso Gestão de Comportamentos Inapropriados
 
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A seletividade alimentar é uma queixa frequente de pais com crianças com autismo. Geralmente elas acontecem por dois fatores: O primeiro deles é a rigidez de comportamento, ou seja, a criança tem dificuldade com coisas novas e o segundo motivo é por causa de fatores sensoriais, ou seja, as texturas, cheiros e até mesmo cor dos alimentos podem levar a criança a não querer experimentar, tocar e até mesmo ver determinado alimento.
 
Pensando nisso, vamos para algumas dicas para os papais e mamães:
 
Dica 1 : Nunca force seu filho a comer, isso pode piorar as coisas e criar ainda mais dificuldades com aquele alimento, podendo estender até para a hora das refeições.
 
Dica 2: Não deixe de oferecer um alimento porque a criança não aceitou, esse alimento precisa ser visto, se ele sumir, maior será a dificuldade de aceitá-lo depois. No caso de frutas, deixe-as sempre à vista.
 
Dica 3: Seja o modelo para a criança, faça as refeições a mesa e em família, além de bons momentos juntos, isso pode ser um bom incentivo.
 
Dica 4: Brinque com os alimentos. A aproximação respeitosa e divertida com o alimento despertará o interesse e curiosidade. A ordem é : tocar, cheirar, encostar na boca, experimentar e por fim comer.
 
Espero que as dicas possam ajudá-los nesse processo. É importante lembrar que quanto antes a avaliação e acompanhamento de um profissional capacitado, melhor será os resultados obtidos.
 
Marcelly Madureira de Souza Grossi
- Graduada em Terapia Ocupacional pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
- Pós graduada em Desenvolvimento infantil e intervenção precoce; 
- Pós graduada em reabilitação dos membros superiores; 
- Pós graduanda em Transtorno do Espectro Autista; 
- Curso de aprimoramento em Integração Sensorial: dos princípios técnicos as especificações da Técnica
 
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