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Notícias

Uma preocupação que muitos pais e professores têm relação aos filhos e alunos é a de vê-los motivados com relação ao estudo. Pessoas mais experientes sabem a importância do aprendizado para o bom desempenho escolar e para a empregabilidade e por isso consideram importante a motivação e o envolvimento com a leitura e o estudo. Mas com tantas atividades interessantes relacionadas às tecnologias, e muitas delas envolvendo pouca necessidade de concentração e alta satisfação momentânea como filmes, séries, jogos e redes sociais como tiktok, percebe-se uma concorrência praticamente desleal em relação a algumas atividades escolares ou relacionadas ao aprendizado de informações ou conteúdos relevantes para o desenvolvimento cognitivo e raciocínio abstrato e crítico.

As escolas já entenderam que é necessário utilizar estratégias de aprendizagem motivadoras, associando tecnologias e diferentes estratégias didáticas como metodologias ativas, trabalho com pequenos grupos, teatro, projetos, entre outras. Algumas já iniciaram esse processo, e outras ainda a passos lentos, mas essas estratégias frequentemente contribuem de forma decisiva para o aspecto motivacional e promovem o engajamento comportamental das crianças e adolescentes. Entretanto, um ponto é muito importante: se não existir o tempo de estudo, leitura e elaboração das informações abordadas com essas estratégias, ou seja, o engajamento cognitivo, pouca evolução real pode ocorrer no aspecto da aprendizagem.

Para isso, alguns aspectos precisam ser respeitados. A evolução progressiva da aprendizagem, e a percepção do aluno de que é capaz de aprender. Essa percepção auxilia na avaliação positiva de si mesmo, que alimenta a autoestima e a associação cada vez mais positiva com a aprendizagem.

Assim, considero importante que os pais fiquem atentos aos seguintes pontos que podem contribuir para a melhora da motivação com relação ao estudo. Que tal adotar essas ações:

- Elabore uma rotina que contemple atividades do interesse do seu filho e o tempo de estudo. É muito importante que exista equilíbrio entre as atividades divertidas e interessantes e o tempo de estudo, de forma que exista tempo para atividades com pouca exigência de concentração e outras com alta exigência. A sua presença na rotina do filho contribui para seu conhecimento do limite de cada um, o que pode ser definido de forma conjunta.

- Identifique as dificuldades no início. Quando a dificuldade em algum conteúdo é identificada no início, e a criança e o adolescente recebem o suporte, eles logo percebem que são capazes de superar suas dificuldades, e que seu esforço permite a superação e o aprendizado. O prazer proporcionado pela superação e o reconhecimento de quem os acompanham são altamente motivadores.

- Associar conteúdos estudados com atividades do interesse. Se seu filho gosta de jogos de vídeo game, você pode associar à geografia ou matemática. Analise mapas, estratégias de guerras, etc. Conteúdos de história podem ser associados a filmes e séries. Conteúdos de geografia e biologia a documentários. Português a clubes de leituras com amigos e um encontro com a turma.

- Esteja atento às habilidades e interesses do seu filho. Além de contribuir para a melhora do relacionamento, isso o ajudará a definir o tipo de atividade que pode incentivar mais tempo de envolvimento e qual não precisará.

Todas as pessoas têm seus interesses associados à motivação intrínseca, ou seja, que é natural e pessoal. Já outros temas precisam ser trabalhados de forma que produzam um novo interesse, e que será possível pela forma como as pessoas próximas e significativas promovem o despertar para a identificação da sua importância, assim como o prazer em realizar determinada ação. Pais e professores têm em suas mãos esse desafio constante, já que a eles cabe o processo educacional, e que para ser mais efetivo, dependerá desse importante componente motivacional.

Não desistam! Todo aprendizado ocorre em etapas e precisa de ajustes. Compartilhe suas dúvidas e dificuldades com alguém de confiança ou profissional, se precisar. Vai dar certo!!!

 

Luciana Freitas - Neuropsicóloga

 

 

 

Referências Bibliográficas 

 

 

Dotterer, A. M., & Lowe, K. (2011). Classroom context, school engagement, and academic achievement in early adolescence. Journal of Youth and Adolescence, 40(12),1649-1660.

 

Haase, V.G., Costa, A.J. & Silva, J.B.L. (2015). Por que o construtivismo não funciona? Evolução, processamento de informação e aprendizagem escolar. Psicologia em Pesquisa, UFJF, jan-jun, 62-71.

 

Willingham, D. T. (2011). Por que os alunos não gostam da escola? Respostas da ciência cognitiva para tornar a sala atrativa e efetiva. Porto Alegre: ARTMED.

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A adolescência é uma importante etapa do desenvolvimento, que ocorre no período entre 12 e 18 anos, e que de acordo com alguns autores, pode se prolongar um pouco mais, considerando critérios culturais. Os adolescentes são aproximadamente 12% da população brasileira e demandam atenção importante dos pais e educadores pois, apesar de já terem mais autonomia em relação às crianças, eles ainda precisam de referências positivas e de orientações, pois tomam importantes decisões que impactam na formação da identidade. Eles frequentemente precisam reavaliar conhecimentos prévios, já que lidam com situações novas que nunca vivenciaram, e muitas dessas situações envolvem orientações referentes às demandas sociais.

 
E aí entra a importância de uma comunicação assertiva entre o adulto e o adolescente, e que muitas vezes é construída pouco a pouco, e que deve ser baseada em coerência e confiança. Assim, considero adequado que os pais estejam atentos a alguns aspectos da comunicação no dia-a-dia:

1. Escute com atenção o que seu filho diz. Mantenha o contato visual e indique com palavras e acenos de cabeça quando concorda. Parece simples, mas na correria do dia-a-dia, muitas vezes isso não acontece.
2. Cultive senso de humor. O que não quer dizer ter que fazer piadas, mas de lançar mão de ironias e comentários divertidos quando abordarem alguns assuntos. Isso ajuda a trazer leveza durante um diálogo importante, sem comprometer a seriedade e a sua autoridade.
3. Descreva de forma clara os comportamentos que aprova. É importante que seu filho escute de forma clara o que ele faz bem e quando agiu corretamente de acordo com os critérios da família. Isso contribui para a autoestima e a segurança.
4. Solicite a opinião do seu filho sobre atitudes suas. Assim você pode conhecer melhor a forma dele pensar e interpretar determinados comportamentos, além de deixar o ambiente propício para o seu feedback.
5. Demonstre empatia. Diga o que você sente diante das conquistas e dificuldades dele.
6. Promova uma tradição familiar. Ter algo que seja seu e dele como assistir um filme na sexta a noite, ou andar de bicicleta no sábado, ou tocar instrumento junto, etc, ajuda a promover cumplicidade e o prazer da companhia. 
 
Apesar do interesse pela independência e autonomia, o adolescente quer se sentir amado e seguro, e nada como ter um adulto próximo, que utiliza a comunicação de forma clara, objetive e empática, para permitir que esse processo ocorra com equilíbrio.
 
E uma sugestão final. Um EU TE AMO é sempre bem vindo! 
 
Luciana Freitas
Neuropsicóloga
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Estamos vivenciando um período atípico no processo de ensino e aprendizagem. Escola, pais e filhos se adaptando a um novo modelo e nova rotina. Muitas dificuldades precisam ser administradas nessa fase como organização da rotina, tempo de qualidade na hora do estudo, ter o equipamento para a aula disponível, entre outras. E muitas vezes, mesmo com tudo o que é possível “controlar” em ordem, ainda ocorrem imprevistos como falhas de conexão da internet ou um mal estar físico inesperado. Enfim, muitas variáveis a serem administradas.

Mesmo com tantas dificuldades, tenho percebido alguns pontos positivos como uma melhor percepção dos pais de habilidades ou dificuldades dos filhos, da qualidade dos materiais da escola, entre outros aspectos. Algumas crianças e adolescentes apresentam ótima autonomia e demandam pouco tempo dos pais. Já outros, necessitam de mais proximidade e mais explicação para o aprendizado. Será que não seria necessário o mesmo na escola e você não imaginava? Também tenho percebido que muitos pais identificaram dificuldades de leitura ou de escrita durante o acompanhamento dos estudos com os filhos. Nesses casos, é importante considerar a etapa do processo de alfabetização e a permanência das dificuldades mesmo após estimulação. Seria uma dificuldade transitória, que poderia ser uma dificuldade de aprendizagem por um fator contextual? Ou algo mais duradouro e relacionado a uma dificuldade específica da criança, como uma dislexia, por exemplo? A resposta para essas perguntas podem ser oferecidas após uma avaliação neuropsicológica. Existem critérios objetivos para auxiliar os pais na identificação das dificuldades. Fique atento, por exemplo, se seu filho não lê palavras isoladas com seis anos ou frases com sete anos.

Em tempo de homeschooling ou ensino domiciliar, os pais podem ter essa resposta, para já iniciarem a intervenção o quanto antes. No retorno às aulas, a escola já precisará focar nos conteúdos atrasados, assim, os pais já podem focar na compensação de possíveis déficits, que com a melhora, contribuirão para que o processo de aprendizagem escolar seja mais efetivo.

 

Luciana Freitas – Neuropsicóloga

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No nosso primeiro artigo escrevi um pouco sobre o cérebro da pessoa com TDAH, se você não se lembra eu falei sobre o TDAH não ser um “transtorno” porque este termo nos dá a impressão de um cérebro defeituoso, quando não é; falei que este cérebro tem momentos desatentos criativos e que ele funciona melhor quando é desafiado, sobre urgência e quando está diante de coisas interessantes.

No artigo de hoje, gostaria de leva-lo a pensar em como funciona o cérebro das pessoas “normais”, odeio este termo vou preferir usar o termo “neurotípicos”, que são os outros aproximadamente 90% da população. Quando você leu o primeiro artigo, talvez você pensasse, mas todas as pessoas agem melhor, quando estão diante de algo urgente, interessante ou desafiador, provavelmente você está certo, mas o que eu percebo é que para as pessoas neurotípicas essas questões não são um pré-requisito para fazer a ação, como acontece nas pessoas com TDAH, nas neurotípicas, essas questões são apenas um complemento a ação.

Quando olhamos mais de perto e neurologicamente, descobrimos que as pessoas neurotípicas usam três para decidir o que fazer, como fazer e como continuar fazendo até que a tarefa seja concluida:

 

1- Levam em consideração a importância daquela tarefa, assim definem se deveriam ou não fazer.

2- Levam em consideração a importância secundária, ou seja, como pessoas que ele admira acham que a tarefa é importante e deve ou não ser concluída, geralmente essas pessoas são pais, professores, amigos, chefe, namorada.

3- Por último essas pessoas levam em consideração como serão recompensados se o fizer e como serão punidos se não concluir.

Uma pessoa com um cérebro de TDAH literalmente não usa a ideia de recompensa para iniciar e executar uma tarefa, elas até sabem que a recompensa é importante, gostam da recompensa, odeiam ser punidas, mas para elas essas “coisas” que estimulam o resto do mundo são simplesmente irritantes.  O problema é que muitas vezes não usar essa estratégia de recompensa pode trazer consequências para o resto da vida.

 

 

Como as pessoas com TDAH podem escolher entre várias opções, se não podem usar os conceitos de importância e recompensas financeiras para motivá-las?

 

Isso explica muitas vezes a necessidade em manter tratamentos para as pessoas com TDAH através da TCC – Terapia Cognitivo Comportamental se faz necessária por muito tempo, pois se param com essas intervenções não veem benefício duradouro. Como já havia falado, não estamos diante de um cérebro defeituoso, mas sim de um cérebro que funciona de acordo com as suas próprias regras, infelizmente eles geralmente não funcionam de acordo com regras ou técnicas que estimulam as pessoas neurotípicas.

Após ter entendido essas questões vou lhe perguntar outras questões; você acha que pessoas com TDAH se enquadram no padrão realizado hoje na maioria das nas escolas, em que se baseia na repetição daquilo que alguém acha importante e relevante? Você acha que pessoas com TDAH irá conseguir se sobressair em um trabalho que os chefes o colocam para fazer o que os chefes acham interessante? Você acha que uma pessoa com TDAH irá conseguir manter um casamento com outra pessoa que não seja no mínimo, ousada, intrigante, exploradora de novos desafios? Espero que você consiga responder.

Então, estes dias tenho escrito muito, estou tendo que me conter para as regras sem levar em consideração a importância da tarefa, a importância secundária da tarefa e nem a recompensa ou punição por não concluir este artigo, mas se me permitem farei o SEGREDOS DO CÉREBRO DE UMA PESSOA COM TDAH – Parte III, pois ainda tenho muita coisa para te contar.

 

Dr. Marcone Oliveira – Médico neuropediatra

www.drmarconeoliveira.com

 

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