• Telefone:
  • (31) 3821-8210 | Whatsaap: (31) 9 9505-1139

E-mail: contato@proevoluir.com       

Notícias

Ele está com cinco anos e ainda não está lendo?? Ela está no primeiro ano e não sabe todos os fatos? Onde já se viu estar terminando o ensino fundamental e ainda não ter estudado sobre filosofia? Na sua escola não se estuda a história dos Estados Unidos? Ela errou tudo sobre algarismos babilônicos? ...  e para não esquecer o nosso querido educador Tião Viana, - Ela conseguiu cobrar o que é um hectômetro na prova? Ou seria equitômetro? (não sei como escreve e não vou verificar).

Há muito já se sabe o quanto as escolas tem “subido o sarrafo”, na hora de ensinar as crianças e os adolescentes, e não pense você que isso é apenas um “privilégio” das escolas privadas, pois as públicas veem logo atrás, não pense você que isso é um “privilégio” apenas do ensino médio, porque o ensino fundamental e a educação infantil veem logo atrás. Não pense você que isso é um “privilégio” do seu país, porque com raras exceções muitos países veem logo atrás.

Já parou para se perguntar o quanto este comportamento ajuda ou atrapalha na formação do seu filho? Você realmente acredita que essas medidas, um tanto quanto exageradas de formar, formatar e fomentar, crianças replicadoras a todo custo ao invés de formar crianças questionadoras, curiosas e criativas irão tornar o seu filho melhor? Mais feliz? Mais vitorioso?

Se a sua resposta é não, sugiro terminar de ler este artigo com muita atenção e buscar profundamente discutir o que discorro nos próximos parágrafos. Se a sua resposta é sim ufaa..... pensamos muito semelhantes, não que eu seja o redentor de todo o conhecimento cristalino em neurociências, neurodesenvolvimento e neuropediatria, aliás não precisa muito para saber que, o que estão fazendo principalmente na pandemia em que escolas colocam crianças de três, quatro anos para assistirem aulas online durante 45-50 ou 60 minutos, apenas para justificar os seus ganhos está ERRADO.

Vamos lá, precisamos falar de estresse tóxico, e eu já passei da metade dessa lauda. Mas o que é este ESTRESSE TÓXICO? Estresse tóxico, é quando uma criança é submetida a um grau de estresse tão grande, mas tão grande que ela não é capaz de manter o equilbrio emocional, comportamental e cognitivo levando a mudanças no padrão das conexões cerebrais e alterações na conformação do DNA, evoluindo para transtorno psiquiátricos, como ansiedade, depressão, hiperatividade, impulsividade, fobias, isolamento social e até tentativas de suicídio.

Vejo cada dia mais meu consultório se encher com as mesmas situações, mesmos problemas, e a justificativa muitas vezes vem, do tempo de exposição as telas, da ausência dos pais, do novo modo de viver, mas nunca falam da escola. Será por quê? Temos medo, de que nosso filho não passe vestibular? Temos medo de que ele não consiga uma carreira brilhante como “Doutor”?... Será que seu filho irá fazer vestibular? Será que a profissão que o seu filho vai exercer já existe? Essas respostas eu não sei, mas eu sei dizer que se o seu filho estudar e se preparar para ser feliz ela terá uma carreira brilhante.

 

“Augustoooooo!!! O que você vai ser quando crescer??

_ Quero ser palhaço pai!!!

Nossa meu filho, que profissão linda!!!”

 

Por – Marcone Oliveira

Neuropediatra

Compartilhe nas redes sociais

Quando percebemos que nosso filho ou aluno apresenta um atraso no aprendizado da leitura, da escrita, de compreensão de texto ou na matemática, podemos utilizar termos como dificuldade de aprendizagem, transtorno de aprendizagem ou prejuízo acadêmico. Tais termos são possíveis, mas existe uma diferença entre eles e que é importante ser diferenciada pois influencia o diagnóstico e a intervenção.

Dificuldade de aprendizagem é o termo utilizado para as dificuldades nos processos de leitura, escrita e aritmética causados por fatores que podem ser de origem cultural, como desvalorização do estudo, cognitiva, como acesso limitado ao currículo, ou até mesmo emocional, quando o aluno vivencia um momento difícil na área emocional que dificulta a plena utilização dos recursos cognitivos para a aprendizagem.

Já o transtorno de aprendizagem se refere a um grupo de dificuldades pontuais e específicas, caracterizadas pela presença de uma disfunção neurológica. Estudantes com transtornos de aprendizagem possuem problemas mais persistentes e necessitam de um suporte curricular mais intenso. A dislexia ou transtorno de aprendizagem da leitura envolve um problema persistente de leitura, e a discalculia ou transtorno de aprendizagem da matemática envolve um problema persistente na matemática, e pode incluir dificuldades no senso numérico, memorização de fatos, precisão ou fluência do cálculo ou dificuldade na precisão do raciocínio matemático. Tanto na dificuldade de aprendizagem como no transtorno de aprendizagem a inteligência deve estar preservada, e assim outros quadros podem ser descartados.

É durante a avaliação neuropsicológica que os instrumentos de avaliação adequados são aplicados para a devida diferenciação entre dificuldade e transtorno, o que permitirá a orientação mais adequada do processo de intervenção. A avaliação do quociente intelectual é fundamental, assim como várias outras habilidades descritas na literatura como possíveis déficits que explicam a causa das dificuldades. A avaliação pode ser realizada a partir da educação infantil, quando já é possível identificar dificuldade na memória de letras e números, ou durante toda vida escolar, o que é mais comum e desejável, e até mesmo em adultos que não tiveram a oportunidade de realizar uma avaliação na sua vida escolar. Após a avaliação neuropsicológica, o médico deve ser consultado para a definição do diagnóstico. Já os fonoaudiólogos e psicopedagogos são fundamentais no tratamento ou intervenção.

 

Luciana Freitas - Neuropsicóloga 

Compartilhe nas redes sociais

A terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde que tem o foco na atividade humana, ou seja em sua ocupação. Os terapeutas ocupacionais trabalham para prevenir ou melhorar a capacidade de seus clientes em exercer as atividades que eles desejam, precisam ou que se esperam deles. Podem ser atividades de vida diária (AVD’s), atividades ligadas ao trabalho ou escola e atividades de lazer.  

 

O que isso te a ver com autismo?

 

Estima-se que uma grande parte das crianças dentro do espectro do autismo possuem alterações sensoriais, ou seja, possuem dificuldade de registrar, modular e integrar os estímulos fornecidos pelo ambiente. Tais alterações podem trazer prejuízos na aquisição de habilidades motoras, cognitivas e sociais, interferindo no desempenho das atividades esperadas para a criança, como o brincar, atividades de vida diária ou escolares. Além das questões sensoriais já descritas, a criança pode apresentar dificuldades cognitivas ou motoras que interferem em sua independência.

 

Sendo assim, o Terapeuta Ocupacional é o profissional capacitado para avaliar e intervir nas dificuldades que estão interferindo na independência e autonomia da criança ou no desempenho das atividades. Um dos campos de domínio da terapia Ocupacional é a integração sensorial, método utilizado para melhorar a resposta das crianças frente aos estímulos sensoriais fornecidos pelo próprio corpo ou pelo ambiente. Esse método pode ajudar crianças com seletividade alimentar, defensividade tátil ( dificuldade em tocar em objetos e texturas ou em ser tocado pelos outros), busca sensorial ( busca por estímulos constantemente) e com prejuízos na coordenação motora grossa e fina.

 

Outro papel importante do Terapeuta Ocupacional é criar estratégias para  independência nas atividades de vida diária, essas estratégias podem ser modificações no ambiente, uso de adaptações ou de facilitadores, treinos de atividades, reabilitação e/ou habilitação de componentes importantes, como por exemplo a consciência corporal e espacial, equilíbrio e coordenação motora.  

 

O terapeuta ocupacional usa o brincar e a motivação da criança como ferramentas para aquisição das habilidades importantes para o seu desenvolvimento.

 

Marcelly Madureira S. Grossi

Terapeuta Ocupacional

Compartilhe nas redes sociais

O diagnóstico do transtorno do espectro autista é essencialmente clínico, ou seja, não existe um exame físico ou marcador biológico que comprove o diagnóstico. Ele é realizado a partir da identificação de um conjunto de sinais e sintomas identificados por uma equipe interdisciplinar que envolve médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros. Estes sinais e sintomas são definidos a partir de resultados de pesquisas, reunidos de forma objetiva e divulgados nos manuais diagnósticos. Poderia parecer simples realizar o diagnóstico a partir desses critérios, mas na prática isso não acontece. Os principais motivos envolvem a heterogeneidade da manifestação dos diferentes sintomas, bem como os diferentes níveis dentro do espectro. Outro aspecto são as características individuais, já que todas as pessoas são diferentes no seu conjunto de habilidades e traços de personalidade. O autista pode apresentar diferentes níveis de inteligência, assim como diferentes habilidades específicas como a leitura, memória, habilidades sociais, enfim, todas que englobam o potencial do ser-humano.

 

O testes anteriores não eram suficientemente confiáveis, e continham alta margem de erro. Por isso foi criado por um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos em 1989, o teste ADOS-2 - Autism Diagnostic Observation Schedule (Protocolo de Observação para o Diagnóstico de Autismo). O ADOS-2 é um instrumento que permite uma avaliação padronizada e semiestruturada da comunicação, interação social, do jogo e uso imaginativo dos materiais, e as condutas repetitivas e restritivas de crianças, jovens e adultos com suspeita de transtorno do espectro autista. Ele é composto de cinco módulos, e cada um deles contém atividades padronizadas distintas que foram desenvolvidas para evocar comportamentos que estão diretamente relacionados ao transtorno o espectro autista em distintos níveis de desenvolvimento e idades cronológicas. Para definição do módulo de aplicação, é importante considerar o nível de linguagem expressiva do paciente, assim como a idade cronológica e a adequação dos materiais de avaliação ao seu nível de maturidade.

 

O ADOS é considerado um instrumento padrão-ouro para o diagnóstico do autismo, ou seja, é o melhor instrumento disponível, pois oferece alta capacidade de identificar os pacientes com suspeita de autismo que são realmente autistas. Mas é importante frisar que a aplicação do ADOS-2 é complementar à avaliação médica e neuropsicológica. O instrumento contribui com informações importantes para o diagnóstico diferencial, que será dado pelo médico, e, além disso, é frequentemente necessária a aplicação de instrumentos adicionais para mensuração de outras habilidades cognitivas como linguagem, inteligência, entre outras, que são importantes na definição do nível de autismo e na identificação do perfil, para apoio ao processo de intervenção. O ADOS-2 pode ser aplicado em crianças a partir de um ano de idade, o que contribui muito para a identificação precoce e o enorme benefício que a intervenção também precoce possibilita ao desenvolvimento e ao prognóstico.

 

Luciana Freitas

 

 

Referência bibliográfica

Lord C, Rutter M, DiLavore PC, Risi S, Gotham K, Bishop SL. Autism Diagnostic Observation Schedule. 2nd. Torrance, CA: Western Psychological Services; 2012.

 

Compartilhe nas redes sociais
Pagina 4 de 15

Onde estamos

Rua dos Caetés, 450, Iguaçu, Ipatinga - MG, CEP: 35162-038

Telefone: (31) 3821-8210
Whatsaap: (31) 9 9505-1139

Atendimento: Seg à Sex 08h às 18h

contato@proevoluir.com