O Transtorno não verbal de aprendizagem (TNVA) é um transtorno do desenvolvimento, caracterizado pela coexistência de baixo desempenho acadêmico e dificuldades nas habilidades sociais, visoespaciais, visoconstrutivas e motoras. As crianças portadoras de TNVA geralmente se apoiam nas habilidades verbais para a resolução de problemas de qualquer natureza, uma vez que tais habilidades encontram-se preservadas.
O perfil neuropsicológico normalmente envolve QI preservado, ou até mesmo levemente abaixo da média, memória verbal preservada, vocabulário rico e leitura e escrita preservadas. Os déficits ocorrem na compreensão e no aspecto sócio-emocional. Como demonstram dificuldade na organização viauoespacial, demonstrariam dificuldade em interpretar as pistas apresentadas pela face durante uma interação social. Também apresentam dificuldade na coordenação motricidade grossa e fina, com esquema corporal, direita e esquerda, na matemática e dificuldade para fazer inferências não verbais ou aprender com a experiência.
É interessante destacar que a dificuldade na percepção, julgamento e interação sociais, podem levar ao retraimento ou isolamento social, mesmo com o aumento da idade, ou de forma compensatória, podem também mostrar-se expansivos, mas sem a crítica adequada do próprio comportamento inconveniente. Frequentemente estressados em situações de novidade social, com alta ansiedade, chegando a pânico em determinadas situações.
Crianças e adolescentes podem receber o diagnóstico de autismo leve ou discalculia, mas na verdade apresentarem o transtorno não verbal de aprendizagem. Ainda não é reconhecido pela Sociedade Americana de Psiquiatria, por considerarem que falta especificidade na síndrome, mas o corpo de evidências cada vez maior apresentado por pesquisadores em congressos da área tem levado os profissionais da saúde a identificarem esse perfil nos pacientes e divulgarem cada vez mais seus achados.
Referências
Haase, V.G. (2019). Transtorno não-verbal de aprendizagem. https://npsidev.blogspot.com/search?q=TNVA, maio.
Luciana Freitas- Neuropsicóloga
Referências
Haase, V.G. (2019). Transtorno não-verbal de aprendizagem. https://npsidev.blogspot.com/search?q=TNVA, maio.
O Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) é um transtorno caracterizado pelo atraso e dificuldade em aquisição de habilidades motoras, seja coordenação motora grossa ou fina, não associada a deficiências intelectuais, sensoriais ou neurológicas.
É um termo pouco usado no Brasil devido ao pouco estudo, por isso, muitas vezes não recebe atenção necessária e ajuda especializada. Sua causa ainda não está totalmente esclarecida, mas sabe-se que não esta ligada a falta de estímulos ou experiências.
Os atrasos podem ser observados bem cedo, quando o bebê demora mais a sentar sem apoio, engatinhar, andar e manusear objetos com a mão com destreza.
Quais são as características?
Além de questões motoras, crianças com TDC podem apresentar questões emocionais, como baixo autoestima, baixo limiar a frustações, depressão e ansiedade.
O TDC pode estar presente em outros tipos de diagnósticos, como TEA ( Transtorno do espectro autista) e TDAH ( Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).
Observando atrasos no desenvolvimento ou dificuldades motoras nas crianças, deve-se procurar o médico especialista, geralmente Neuropediatra para o diagnostico. Além do médico, a equipe multisdiciplinar, com psicologia, Terapia Ocupacional e fisioterapia ( se necessário) para avaliação e acompanhamento.
Marcelly Madureira - Terapeuta ocupacional
A leitura é uma habilidade altamente valorizada pela sociedade, sendo considerada em diversas culturas a chave para a educação. Muito tempo na escola e em casa precisa ser dedicado a essa habilidade e seus pré-requisitos se realmente queremos o seu aprendizado efetivo, tão fundamental para o desenvolvimento do raciocínio crítico, sucesso acadêmico, empregabilidade, enfim, todas as vantagens do processo educacional eficiente.
Mas para aprender a ler e a escrever em um sistema alfabético de escrita, como o português, é necessário que a criança compreenda que as letras correspondem a pequenas unidades sonoras – os fonemas. Entretanto, a descoberta do princípio alfabético não é uma tarefa simples, uma vez que os fonemas não podem ser escutados na pronúncia das palavras. Devido ao fenômeno da co-articulação, os fonemas se sobrepõem na fala, o que torna difícil sua identificação. Por exemplo, ao ouvir a palavra “lar”, a criança escuta um só som e não três. Para aprender a ler, a criança precisará identificar as unidades fonêmicas que as letras representam. Um passo importante nesse processo é a emergência da consciência fonológica, que é a capacidade de analisar conscientemente os segmentos fonológicos da fala.
Estimular a consciência fonológica é fundamental tanto para o desenvolvimento da leitura de crianças sem dificuldade de leitura, mas ainda mais importante para as crianças com dislexia, ou seja, aquelas que apresentam dificuldade em aprender a ler, usualmente resultante de processamento fonológico insuficiente, apesar de serem inteligentes, apresentarem bom desempenho em várias outras tarefas e de receberem instrução adequada. Existem muitos tipos de dislexia, causados por diferentes déficits em habilidades específicas, entretanto os estudos são muito claros em destacar que a maioria das crianças disléxicas apresentam déficits em habilidades que envolvem o processamento fonológico, com destaque para a consciência fonológica.
Assim, quando a família e a escola estimulam adequadamente a consciência fonológica das crianças e no período correto, ou seja, ainda na educação infantil, melhor é o desenvolvimento da habilidade de leitura. Nesse período, as crianças disléxicas já começam a demonstrar as dificuldades, que se identificadas pelos pais e professores, podem iniciar a estimulação precocemente, com indicação de melhor prognóstico. Crianças de três a cinco anos devem brincar e realizar atividades que envolvem rima e aliteração com brinquedos, músicas, desenhos, aplicativos, livros e histórias contadas oralmente. Em caso de dúvidas sobre os tipos de atividades que podem realizar, busquem orientações com professores, psicopedagogos, neuropsicólogos ou fonoaudiólogos!
Brinquem bastante!!!
Referências bibliográficas
MAGALHÃES, L.F.S. Inteligência, processos fonológicos e dificuldade de leitura e escrita em crianças falantes do português brasileiro: um estudo em escolas públicas. Dissertação de Mestrado orientada pela PhD. Claudia Cardoso-Martins. UFMG. 2005.
MORAIS, J. A arte de ler. São Paulo: Editora da Universidade Estadual paulista, 1996. 327p.
SNOWLING, M.J. Dyslexia. 2. ed. Oxford: Blackwell Publishers, 2001.
Luciana Freitas - Neuropsicóloga
É uma queixa frequente dos pais e professores sobre a pega no lápis e o traçado das letras e números das crianças. Mas o que eu preciso saber e fazer pra entender melhor esse processo?
Assim como outras habilidades que fazem parte do desenvolvimento da criança, a escrita depende de outros fatores,que chamamos de pré requisitos, ou seja, existem outras habilidades importantes para o bom desempenho na hora de escrever.
Existem inúmeros pré requisitos, mas vamos falar dos aspectos motores principais aqui:
Então, para melhorar o desemprenho na escrita podemos enriquecer o dia das crianças com brincadeiras e atividades divertidas, tais como:
Algumas vezes é necessário uma avaliação da escrita, considerando se o tipo de preensão no lápis e a coordenação motora é esperada para idade daquela criança. O terapeuta ocupacional é o profissional mais capacitado para analisar a atividades e fazer orientações quanto ao treino da escrita e adaptações ( quando necessário).
Marcelly Madureira - Terapeuta Ocupacional
Rua dos Caetés, 450, Iguaçu, Ipatinga - MG, CEP: 35162-038
Telefone: (31) 3821-8210
Whatsaap: (31) 9 9505-1139
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